António-Pedro

codiretor artístico

É fundador e codiretor artístico da Caótica, onde cruza música, cinema e artes performativas. Interessa-lhe a biografia no seu sentido lato e político: como é que uma vida, seja a sua ou a de outros, universaliza e problematiza o devir das sociedades? “Sopa nuvem” (prémio Melhor espectáculo MOMIX 2014), “Crevescer”, “My Macau”, “Filmes Pedidos” ou “4 OLHOS” (encomenda Centro de Arte Moderna/Gulbenkian) são algumas das suas criações multidisciplinares. Realizou “O homem da bicicleta –Diário de Macau” (Melhor Documentário nos Caminhos do Cinema Português), “Carta Branca”e “Nzila Ngola” (Melhor Curta FESTin) entre outros filmes, videoclips e instalações, presentes em museus e festivais. “Mississipis” é a sua primeira longa-metragem com co-produção da Terratreme Filmes. Compôs cerca de 50 bandas-sonoras, para filmes de Ivo M. Ferreira, Leonor Noivo, Cláudia Rita Oliveira, Margarida Leitão ou Edgar Medinae para espetáculos de Filipa Francisco, Vera Mantero, Ainhoa Vidal, Joana Pupo, Cie Sac a Dos (Bélgica), Turak (França), Teatro do Montemuro ou Teatro Meridional. Tocou e gravou com João Afonso, Jon Luz, Clara Andermatt, João Lucas, João Paulo Esteves da Silva, Pedro Gonçalves, Fernando Mota, Ricardo Jacinto, Margarida Mestre, Ricardo Freitas, Carlos Bica ou Eduardo Raon. Com Margarida Mestre assina “Poemas para Bocas Pequenas”, áudio-livro editado pela BOCA e presente no catálogo internacional White Ravens 2016. Tem desenvolvido regular actividade pedagógica e comunitária em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, Artemrede, EGEAC ou Centro Cultural de Belém. Apresenta-se regularmente em Portugal e já levou o seu trabalho a França, Espanha, Itália, Bélgica, Suiça, Alemanha, Brasil, Sérvia, Irlanda, País de Gales, Macau, Angola e Moçambique. É licenciado em sociologia, estudou cinema na Universidade Nova de Lisboa e música no Hot Clube de Portugal e na Drummers Collective em Nova Iorque.

Caroline Bergeron

codiretora artística

De origem Canadiana e formada nas Belas Artes, contabiliza 30 anos de percurso nas artes performativas enquanto criadora pluridisciplinar de espetáculos dirigidos ao público jovem. Cofundadora da Companhia Caótica, gosta de perturbar a fronteira entre realidade e ficção, palco e plateia, infância e adultez, e tem prazer em inventar civilizações. Privilegia processos criativos que desenvolvem dramaturgia num ping-pong contínuo entre o espaço, os corpos, a luz, o som, os objetos e o texto, sem estabelecer qualquer hierarquia entre uns e outros. Além de ser criadora ou cocriadora dos projetos “Na Barriga”, “King Pai”, “Sopa Nuvem”, “A Grande Invasão”, “Crevescer” e “5 Fábulas para não Adormecer”, produzidos pela Caótica, já colaborou criativamente com vários artistas portugueses e estrangeiros, entre eles: Fernando Mota em “MAPA|Estórias de mundos distantes”, Joana e Beatriz Bagulho em “Lisboa em Voo de peixe” e Jenna Thiam e Salvador Sobral em “Estradas”. Foi codirectora artística do Tof Théâtre (Bélgica) durante 10 anos, onde atuou como coautora e actriz em “Camping Sauvage”, “Cabane” e “Patraque”, que receberam os prémios Prix du ministre des Arts et des Lettres de la Communauté Française de Belgique, Prix Pierre Thonon, Le prix de la ville de Huye o Grand Prix du Jury du Festival International de la Marionnette de Cannes. Encenou a ópera da sua autoria “A bruxa Cati”, uma produção da Companhia de Ópera do Castelo. Foi coautora de “Criatura” e de “Petit Bazar Érotik”, coproduzidos por Halles de Schaerbeek (Bruxelas) e Les Halles de la Villette (Paris) e que receberam o prémio Aplaudiment FAD Sebastia Gash 2002 no Festival Internacional da Marioneta em Barcelona. Realizou assessoria artística dos 4 projetos para a infância que integraram os ciclos “CáDentro” e “William Shakespeare” no Centro Cultural de Belém — Fábrica das Artes. É diretora da Amostra — Festival/Encontro Nacional Das Artes Performativas para o Público Jovem e criadora/formadora do projeto com a comunidade “Mulheres Andantes”.